No ano de 1992, durante uma forte tempestade em alto mar, aproximadamente 29 mil patinhos de borracha que estavam abrigados em “container” caíram de um navio de carga no Oceano Pacífico durante o transporte de Hong Kong para os Estados Unidos.
Ali começava a odisseia dos patinhos, que inspirou e rendeu até um livro, intitulado “Moby Duck” – o mais completo levantamento da jornada destes aventureiros que percorreram mais léguas que Cristóvão Colombo. Incrível, não é?
Embora alguns tenham se desgarrado do bando para outras correntes marítimas, parte deles permanecem unidos, dando voltas sem parar.
Muitos já passaram pela Austrália, outros ficaram presos por anos no Ártico. Após mais de 2 décadas, a viagem continua.
Fabricado com um tipo de plástico que leva aproximadamente 500 anos para se decompor na natureza, esse incidente, um triste exemplo de poluição e que acomete a vida marinha, chamou a atenção de cientistas para outro fato: o local onde caíram. Na região, as correntes marítimas fazem um ciclo completo entre a costa da América e a Ásia, o Giro Subártico.
Embora conhecido, ninguém sabia quanto tempo um objeto flutuante levaria para completá-lo. Graças a coragem destes bravos patinhos, hoje sabemos: três anos. Ao todo eles fizeram a viagem 8 vezes. “Quanta patacoada”.
