A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou, no domingo (12), a variante ômicron da Covid-19 em uma moradora de Limeira (SP). Este é o quinto caso da variante no estado e o primeiro importado a ser confirmado no interior de São Paulo; os demais foram registrados na capital paulista.
A paciente é uma mulher de 40 anos que viajou à África do Sul e à França em novembro. No dia 6 de dezembro, a Saúde municipal informou que estava monitorando a suspeita da variante na moradora.
A mulher tem esquema vacinal completo com duas doses da AstraZeneca e relatou apenas sintomas leves, como dor de cabeça, tosse e secreção nasal. Ela está sob monitoramento da Vigilância municipal de Limeira e em isolamento domiciliar, sem contato com marido e filho, que já tiveram resultado negativo para exame de PCR.
“A paciente teve diagnóstico positivo para Covid-19 no dia 3 de dezembro, após realizar um teste de antígeno. Sua amostra foi submetida a sequenciamento genético pelo Instituto Adolfo Lutz, com resultado para a nova variante”, diz a nota.
Ainda de acordo com a Saúde estadual, todos os pacientes confirmados com a ômicron no estado tinham vacinação completa e relato de sintomas leves ou assintomáticos.
O que se sabe e o que falta saber
No dia 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a B.1.1.529 como variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.
A ômicron é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).
Veja o que se sabe:
- Evidências sugerem que ômicron pode facilitar a reinfecção
- Todos os continentes registraram casos da variante
- Medidas não farmacológicas (máscara, distanciamento, ambientes ventilados) funcionam contra variantes
- Não há registro de morte ligada à nova cepa
- Variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes
- Farmacêuticas estão trabalhando em vacinas contra a Covid-19
- Ômicron é muito transmissível
O que ainda não se sabe:
- Se a ômicron é mais transmissível que a delta
- Se a ômicron causa sintomas mais graves e mortes
- Se a nova variante apresenta resistência à vacinação