A Rede Mário Gatti, em Campinas (SP), começou a reduzir as cirurgias eletivas – marcadas com antecedência – por conta do afastamento de profissionais de saúde com doenças respiratórias. O problema acontece em meio a explosão de casos de Covid-19 e gripe neste início de ano. A informação foi confirmada pela prefeitura nesta sexta-feira (14).
De acordo com a Secretaria de Saúde, só na Rede Mário Gatti, que administra os dois hospitais municipais, as UPAs e o Serviço Municipal de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da metrópole, há pelo menos 60 profissionais de saúde afastados, o que corresponde a 5% da força de trabalho, e impactou nos procedimentos considerados de menos urgência.
Segundo a autarquia, procedimentos de emergência e oncológicos inadiáveis estão mantidos. Na Rede Mário Gatti e em toda a Secretaria de Saúde de Campinas, o número de profissionais de saúde afastados por doenças respiratórias é de 350. Em seis dias, o índice aumentou 132%.
Redução de público para conter avanço
Campinas publicou, na edição do Diário Oficial desta sexta-feira, o decreto que reduz a ocupação de grandes eventos para 50% e cancela festas particulares de carnaval. As restrições passam a vigorar na metrópole a partir deste sábado (15).
De acordo com o texto, fica autorizada a realização de atividades e eventos de entretenimento, culturais, esportivos e de lazer, com público sentado ou em pé, com metade da capacidade total do estabelecimento. Não há alterações nas regras para bares, restaurantes e outros comércios.
A respeito das festas de carnaval, fica decretada a proibição para manifestações de rua e em ambientes fechados. A prefeitura já havia anunciado, em 30 de novembro, o cancelamento a festança nas vias. A decisão foi conjunta entre as 20 cidades da Região Metropolitana de Campinas. Na época, o que a prefeitura ainda considerava liberar eram os eventos particulares.